'Stalking': Moradora do DF denuncia ser perseguida por desconhecido em redes sociais
30/11/2023
(Foto: Reprodução) Vítima diz que, há cinco meses, homem posta fotos dela em perfil de rede social como se os dois tivessem um relacionamento. Homem nega acusações. Homem denunciado por stalking em redes sociais no DF
Reprodução
Uma servidora pública do Distrito Federal afirma que desde julho é perseguida por um homem que age como se os dois namorassem. A vítima, que prefere não se identificar, diz que não conhece o suspeito e que nunca teve qualquer tipo de relacionamento com ele.
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"Desde de julho, alguns amigos começaram a me mandar uns print. Ele pegava as minhas fotos do meu Instagram e postava no dele como se eu fosse namorada dele. Continua acontecendo até hoje. É desgastante mentalmente", diz a mulher.
O homem é Roberto José Solado de Assis, de 52 anos. Em 2021, ele foi preso por invadir um batalhão da Polícia Militar de Brasília para perseguir outra mulher. À época, a vítima registrou boletim de ocorrência contra o homem, que agia da mesma forma.
Segundo a denúncia, ele pegava fotos da policial militar e postava no perfil dele em uma rede social como se eles fossem um casal. Procurado pela reportagem, Roberto José negou as acusações.
Fotos na internet
Assim que ficou sabendo das publicações, ainda em julho, a servidora pública registrou boletim de ocorrência contra o homem pelo crime de stalking — perseguir alguém reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando a integridade física ou psicológica da vítima.
No entanto, mesmo após o registro, a vítima afirma que a perseguição continua. Nesta quarta-feira (30), o perfil do homem nas redes sociais foi atualizado três vezes, com citações ao nome da vítima.
Em outra publicação, o homem postou uma foto da mulher, afirmando ser apaixonado por ela desde a primeira vez que a viu.
"Ainda não chegou nesse ponto e espero que não chegue de descobrir onde eu moro, onde eu trabalho. Quero acabar com isso, porque a gente não sabe que tipo de pessoa que a gente está lidando", diz a mulher.
Ela afirma ter mudado a rotina para não ser localizada pelo homem. A vítima conta que deixou de ir a certos lugares por medo de se encontrar com o suspeito.
A pena pelo crime de stalking pode chegar a três anos de prisão se for cometido contra criança ou adolescente, idoso ou mulher. O caso da servidora pública é investigado pela 12ª Delegacia de Polícia, em Taguatinga, no Distrito Federal.
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