CPI dos Atos Antidemocráticos, na CLDF, aprova relatório final e não pede indiciamento do general G. Dias

  • 29/11/2023
(Foto: Reprodução)
Documento foi aprovado com 6 votos a favor e um contra. Destaque que pedia retirada do nome do militar do relatório recebeu quatro votos favoráveis. G. Dias durante depoimento na CPI dos Atos Golpistas Geraldo Magela/Agência Senado A CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou, nesta quarta-feira (29), o relatório final dos trabalhos após 9 meses de investigações. O documento, que agora deve ser encaminhado ao Ministério Público teve 6 votos favoráveis e 1 voto contrário. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 no WhatsApp. O nome do ex-ministro do GSI Gonçalves Dias, que havia sido incluído na lista de pedidos de indiciamento do relator Hermeto (MDB), foi retirado após a votação de um destaque proposto pelo presidente da comissão, o deputado Chico Vigilante (PT). Foram 4 votos a favor da retirada e 3 contra (veja detalhes abaixo). Gonçalves Dias era ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), no dia 8 de janeiro, durante os ataques às sedes dos três poderes, em Brasília. Ele pediu demissão do cargo após a divulgação de um vídeo onde aparece no Palácio do Planalto, durante a invasão. Veja como deputados votaram destaque que pedia retirada do nome de G. Dias do relatório final da CPI: Hermeto (MDB): contra Jaqueline Silva (MDB) : a favor Robério Negreiros (PSD): a favor Joaquim Roriz Neto (PL): contra Fábio Felix (PSOL): a favor Pastor Daniel de Castro (PP): contra Chico Vigilante (PT): a favor O parecer definitivo da comissão pediu, inicialmente, o indiciamento de 135 pessoas e, após a votação do relatório final, foram votados os destaques propostos pelos deputados. O presidente da CPI disse que nenhum nome seria acrescentado na lista de pedidos de indiciamento, "só retirar". Apenas o nome de G. Dias foi retirado do documento. O destaque para tirar do relatório o nome do empresário Adauto Mesquita, suspeito de coordenar arrecadação para golpistas no acampamento no QG do Exército, foi rejeitado com 6 votos contra e 1 a favor. Não constam no relatório do militar da reserva e deputado Hermeto (MDB) nomes como o do ex-secretário e ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Além disso, o parlamentar não pediu o indiciamento de colegas de farda, que estão presos desde agosto por suspeita de omissão nos ataques contra as sedes dos Três Poderes. Foi pedido o indiciamento das seguintes pessoas: Fernando Souza de Oliveira, que era secretário interino de Segurança Pública do DF no dia dos ataques de 8 de janeiro; Cíntia Queiroz de Castro, coronel da PM e subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública (SSP); Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, coronel ex-comandante do 1º Comando de Policiamento Regional da PMDF; Ana Priscila Silva de Azevedo, apontada como organizadora dos atos golpistas de 8 de janeiro; José Acácio Serere Xavante, preso desde dezembro do ano passado por participação nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Constam ainda do documento os nomes de outras 129 pessoas, apontadas como financiadoras dos atos antidemocráticos. O g1 tenta contato com todos os citados na reportagem. O que diz o relatório Entre os principais pontos do relatório, que trata dos atos de vandalismo que ocorreram em Brasília nos dias 12 de dezembro de 2022 e 8 de janeiro de 2023, estão: Responsabilização da Secretaria de Segurança Pública do DF: "Torna-se evidente que tanto o ex-secretário executivo, Fernando de Souza Oliveira, quanto a atual Subsecretária de Operações Integradas, Cíntia Queiroz de Castro, tiveram a sua disposição informações [...] que poderiam e deveriam ter sido compartilhadas com as Instituições, Órgãos e Agências envolvidas nos planejamentos", diz o documento. Sugestões de reestruturação das forças de segurança da capital: o relatório traz sugestões de mudanças para o Fundo Constitucional do Distrito Federal, verba da União que custeia segurança na capital. O documento propõe o restabelecimento da "aplicação de recursos do FCDF na área de segurança pública na casa de 53% do total de recursos", além da inclusão da Polícia Penal no somatório. Veja mais detalhes sobre o relatório aqui 👈 Próximos passos O relatório da CPI dos Atos Antidemocráticos agora segue para o Ministério Público (MP). No MP, há três caminhos possíveis: Arquivar o relatório Usar o relatório integralmente Usar parte do documento, pedindo para a polícia mais investigações Só depois, é que ocorre a denúncia na Justiça contra as pessoas apontadas como responsáveis. Em entrevista coletiva com jornalistas nesta quarta-feira (29), o presidente da CPI, deputado Chico Vigilante (PT), afirmou que marcará uma reunião com a Procuradoria-Geral do DF (PGDF), com o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e com o Tribunal de Justiça do DF (TJDFT). O objetivo, segundo ele, é apresentar o relatório para ajudar em outras investigações. "O que cabe agora é as autoridades que vão receber o relatório prosseguirem com as investigações, aprofundarem ainda mais o que tem que ser feito e aplicar as condenações", disse. Relatório paralelo O deputado Fábio Felix (PSOL) apresentou, também nesta quarta-feira (29), um relatório paralelo em contraponto ao documento de autoria do relator, deputado Hermeto. Para ser aprovado, o parecer de Fábio Felix precisaria de ao menos quatro votos favoráveis entre os parlamentares que integram a comissão, o que não foi o caso. No relatório, o deputado pedia o indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) e de integrantes da alta cúpula do ex-presidente. Dentre os nomes, estavam os generais Dutra e Heleno, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, e Mauro Cid. LEIA TAMBÉM: CLDF: Ausência de nomes, reestruturação da segurança e responsabilização da SSP: o que diz o relatório da CPI dos Atos Antidemocráticos RELATÓRIO: CPI dos Atos Antidemocráticos pede indiciamento de G.Dias, ex-secretário-adjunto de segurança do DF e mais 134 pessoas Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

FONTE: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2023/11/29/cpi-dos-atos-antidemocraticos-na-cldf-aprova-relatorio-final-e-nao-pede-indiciamento-do-general-g-dias.ghtml


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